<i>Águas da Figueira</i>
Os trabalhadores da Águas da Figueira cumpriram uma greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN) nos dias 4, 5 e 6, contra cortes salariais e por actualizações justas, e por um acordo de cedência de interesse público que lhes garanta a manutenção dos direitos.
Desde que a Águas da Figueira foi privatizada, em 1998, por via de um contrato de concessão de 25 anos, que o Município, os utentes e os trabalhadores têm suportado «sérios prejuízos» daí decorrentes e aumentos de tarifas, enquanto os accionistas da empresa concessionária têm obtido avultados lucros, acusou, num comunicado de dia 4, a Direcção Regional de Coimbra do STAL.
A holding Aquapor, a que pertence a Águas da Figueira, obteve cerca de 4 milhões de euros de lucro no ano passado, salientou o sindicato lembrando que continua por cumprir a cobertura a cem por cento do saneamento básico, compromisso assumido no contrato de concessão, com conclusão prevista para este ano.
Ao reclamar uma mais justa distribuição dos lucros que resulte em aumentos salariais, o STAL salientou que tem piorado a qualidade da prestação dos serviços da empresa aos utentes e que, em dez anos, o quadro de pessoal foi reduzido de 140 para 80, todos a receber o salário mínimo nacional.